quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Silval dá bronca e aceita retorno de Ságuas para fugir da pressão do PSD

11/10/2011 | 13h51m

O governador Silval Barbosa decidiu que vai mesmo nomear Ságuas Moraes de volta ao comando da Educação, maior pasta da estrutura da máquina, com R$ 1,1 bilhão de orçamento anual.
Ambos tiveram uma reunião na semana passada e, apesar de atender aos apelos do petista, Silval deixou claro que, por ele, Rosa Neide continuaria secretária.

Fez rasgados elogios a ela e reclamou da forma como o ex-deputado conduziu o processo, se proclamando futuro secretário, com interferências diretas na pasta e ao ponto de renunciar à presidência regional do PT para, de pires nas mãos, aguardar pela nomeação.

Silval prometeu a Ságuas assinar o ato que o reconduzirá à Seduc até a próxima semana. Com isso, o governador contempla também as suas próprias estratégias. Evita racha no campo majoritário do PT, do qual fazem parte Ságuas, o ex-deputado federal Carlos Abicalil e o ex-estadual Alexandre Cesar, e também fecha as portas para o presidente da Assembleia José Riva que sinalizava interesse em barganhar a pasta da Educação para o Partido Social Democrático, que já nasce como o maior do Estado em número de ocupantes de cargos eletivos.

Ságuas retornará a Seduc um tanto desmoralizado, pois não contará com respaldo do Palácio Paiaguás devido à pressão exercida para ser inserido no primeiro escalão. Incentivada pelo único deputado estadual petista Ademir Brunetto, a secretária Rosa Neide se mostra chateada com Ságuas e já avisou que não aceitará o cargo de adjunta, mesmo posto ocupado por ela quando o ex-deputado respondia como secretário. O PT caiu mesmo nos braços do governo. Antes liderava bloco de oposição na Assembleia. Agora, briga e se implora por cargos. Comanda a Educação "de porteira fechada" e tem a ex-deputada Vera Araújo como secretária-adjunta de Direitos Humanos.

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